Por razões políticas, a Polícia Civil carioca perde um bom chefe. E todos aqueles profissionais que se empenhavam em realizar um bom trabalho, como os colegas da Coordenadoria de Inteligência, ficam agora com a perspectiva de continuidade de seus projetos, no mínimo, abalada. ...Por que será que, com o passar do tempo, os policiais acabam perdendo a motivação?
"ENTENDA PORQUE VOCÊ NÃO TEM SEGURANÇA"
Como Delegado de Polícia do Rio de Janeiro é meu dever moral e jurídico esclarecer ao povo carioca os motivos pelos quais enfrentamos este caos na Segurança Pública.
Em primeiro lugar, fique você sabendo que a nossa legislação permite que qualquer pessoa, independentemente de sua qualificação profissional, assuma o cargo de Secretário de Segurança Pública.
Isto significa que as Polícias Militar e Civil estão sob a direção de pessoas que nem sempre têm qualquer conhecimento jurídico e operacional para exercer sua função pública.
Isto significa também que o Governador eleito pelo povo indica o Comandante da Polícia Militar e o chefe de Polícia Civil, que podem ser demitidos a qualquer momento. Estes por sua vez, indicam os comandantes de cada Batalhão e os Delegados Titulares de cada Delegacia, que por sua vez, são também afastados de seus cargos por qualquer motivo.
Digo, portanto, que a Polícia Civil é absolutamente política e serve aos interesses políticos dos que foram eleitos pelo povo. Quando os afastamentos de Delegados são políticos e não motivados por sua competência jurídica e operacional, o resultado é a total falta de profissionalismo no exercício da função.
Este é o primeiro indício de como a nossa Lei trata a Polícia. Se a Polícia é política quem investiga os políticos?
Você sabia que o papel da Polícia Militar é exclusivamente o patrulhamento ostensivo das nossas ruas?
E por isso é a Polícia que anda fardada e caracterizada e deve mostrar sua presença ostensiva, dando-nos a sensação de segurança.
Você sabia que o papel da Polícia Civil é investigar os crimes ocorridos, colhendo todos os elementos de autoria e materialidade e que o destinatário desta investigação é o Promotor de Justiça que, por sua vez, os levará ao Juiz de Direito que os julgará, absolvendo ou condenando?
Então, por que nossos governadores compram viaturas caracterizadas para a sua polícia investigativa? Então, por que mandam a Polícia Civil patrulhar as ruas e não investigar crimes?
Parece piada de muito mau gosto, mas é a mais pura e cristalina realidade.
Você sabia que o Poder Judiciário e o Ministério Público são independentes da Política e a Polícia Civil é absolutamente dependente?
Assim, a Polícia Civil é uma das bases que sustenta todo o nosso sistema criminal, juntamente com o Judiciário e o Ministério Público.
Se os Delegados de Polícia têm essa tamanha importância, por que são administrativamente subordinados à Secretaria de Segurança e a Governadores que são políticos?
Porque ter o comando administrativo da Polícia Civil de alguma forma serve aos seus próprios objetivos políticos, que passam muito longe dos objetivos jurídicos e de Segurança Pública.
Assim, quero dizer que o controle da Polícia Civil está na mão da política, isto é, do Poder Executivo.
Tais políticos controlam um dos tripés do sistema criminal, o que gera prejuízos tremendos e muita impunidade. Não é preciso ser inteligente para saber que sem independência não se investiga livremente. É por isso que os americanos criaram agências de investigação independentes para fomentar sua investigação criminal.
Em segundo lugar, fique você sabendo que os policiais civis e militares ganham um salário famélico.
Você arriscaria sua vida por um salário de fome?
Que tipo de qualidade e competência têm esses policiais?
Se a segurança pública é tão importante, por que não pagamos aos nossos policiais salários dignos, tais quais são os dos Agentes Federais? Se o Governo não tem dinheiro para remunerar bem quem é importante para nós, para que teria dinheiro?
Em minha opinião, há três tipos de policiais: os que são absolutamente corrompidos; os que oscilam entre a honestidade e a corrupção e os que são honestos.
Estes trabalham em no mínimo três "bicos" ou estudam para sair da polícia de cabeça erguida.
De qual dessas categorias você gostou mais?
Parece que com esses salários, nossos governantes, há tempos, fomentam a existência das primeira e segunda categorias.
É isto o que você quer para sua cidade? - Mas é isso que nós temos! É a realidade mais pura e cristalina!
O que vejo hoje são procedimentos paliativos de segurança pública destinados à mídia e com fins eleitoreiros, pois são elaborados por políticos. Mas então, o que fazer?
Devemos adotar uma política de segurança a longo prazo. A legislação deve conferir independência funcional e financeira à Polícia Civil com seu chefe eleito por uma lista tríplice como é no Judiciário e no Ministério Público.
A Polícia Civil deve ser duramente fiscalizada pelo Ministério Público que deverá também formar uma forte Corregedoria. O salário dos policiais deverá ser imediatamente triplicado e organizado um sério plano de carreira.
Digo sempre que se a população soubesse qual a importância do salário para quem exerce a função policial, haveria greve geral para remunerar melhor a polícia. Mas a quem interessa que o policial ali da esquina ganhe muito bem? -
Será que ele vai aceitar um "cafezinho" para não me multar ou para soltar meu filho surpreendido com drogas?
Será que não é por isso também que não temos segurança?
Fiquem todos sabendo que se o policial receber um salário digno não mais haverá escalas de plantão e, conseqüentemente, não haverá espaço físico para que todos trabalhem todo dia, como deve ser.
Fiquem sabendo que a "indústria da segurança privada" se tornará pública, como deve ser.
Fiquem sabendo também que quem vai ao jornal defendendo legalização de emprego privado para policiais, não deseja segurança pública e sim, segurança para quem pode pagar.
Desafio à comunidade social e jurídica a escrever sobre estes temas e procurar uma POLÍTICA DE SEGURANÇA realmente séria e não hipócrita, como é a que estamos assistindo Brasil afora.
Dr. TARCÍSIO ANDRÉAS JANSEN - DELEGADO DE POLÍCIA
"ENTENDA PORQUE VOCÊ NÃO TEM SEGURANÇA"
Voltando ao trabalho.
Depois de alguns dias fora do ar por motivos de força maior, o Blog Juventude é o Foco volta hoje com toda força.
Quero aproveitar para agradecer aos amigos que me enviaram e-mails, me ligaram, manifestando sua solidariedade.
Abraços do amigo,
Alexandre Cardoso
Quem paga as mordomias de Cabral?
É verdade que viajar é uma das funções do chefe do Executivo de um estado importante como o Rio de Janeiro. Faz parte do seu trabalho. Mas tudo na vida tem um limite.
Só que o governador Sérgio Cabral há muito tempo ultrapassou esse limite. No ultimo feriadão não compareceu a solenidades importantes como a posse do novo Arcebispo do Rio de Janeiro e os eventos por conta do Dia de Tiradentes.
A verdade é que Cabral visitou mais Paris do que a maioria das cidades do interior do Rio de Janeiro .
De acordo com o blog do jornalista Dácio Malta , o governador Sergio Cabral passou o feriadão, no Hotel George V, onde a diária mais econômica é de 780 euros.
O raciocínio do diligente jornalista tem lógica. Como ele (o governador) foi para lá com a esposa, cinco filhos e duas babás, precisa de ao menos três dos quartos mais baratos, o que importaria em cerca de 2.000 euros (arrendondando para baixo) por dia. Isto sem contar a alimentação.
O salário de Cabral é de R$ 12.760, pelo menos até este mês. Um euro equivale a mais ou menos R$ 2.80. Ou seja, ele ia gastar R$ 5. 600 por dia. Em dois dias todo salário dele de um mês teria ido embora.
Diante da clarividência de tais números, quem estaria arcando com as despesas deste interminável turismo do governador?
Chá de sumiço
Deu na VEJA
No aniversário de Garotinho, até o bolo grita: "Volta, volta!"
Entrevista com Aline Alvim
Aline: Para mim foi e esta sendo gratificante, porque de fato o Parlamento Juvenil é uma escola de Democracia, ale, disso pode-se dizer que é uma escola de cidadania, lá dentro, dentro das etapas do projeto aprendemos e convivemos com coisas e pessoas que levamos para toda a vida!
Aline: Foi boa! Na medida do possível né Alexandre, toda a campanha é cansativa, disso você é ciente, passava horas, minutos, dias incansáveis para apresentar meu projeto, fico feliz que os alunos da rede estadual não votaram por amizade, votaram por capacidade!
Aline: Não, em momento algum, sempre q um aluno chegava para mim e dizia que votaria só em troco daquilo ou outro, minha resposta era uma só, sorria e dizia : Vota no outro ! Não acredito que seja assim que se deva começar a política e militância estudantil!
Aline: Meu mandato teve altos e baixos, como qualquer um outro, infelizmente a burocracia não nos permite realizar eventos em prol do colégio e alunos, para mim Grêmio Estudantil deve funcionar como conselho escolar e não como promoção de eventos. Tivemos a eleição municipal que de certa forma impactou os trabalhos dos grêmios no ano passado também! Mais, na medida do possível, realizamos bastantes eventos e parcerias!
Aline: Olha, estou no meu ultimo ano do ensino médio, apesar de no colégio onde estudo existir cursos como técnico em informática e contabilidade, encerro o ensino médio esse ano pois decidi que irei cursar a faculdade de medicina e para isso tenho q me dedicar por completo. Nem todos os projetos da gestão passada foram implantados, e por esse motivo décimos nos recandidatar para dar continuidade e também aplicar novos projetos em benéfico da escola.
Aline: Não, de forma alguma! Vou contar – te um segredo: odeio a política partidária, nos impede ter maravilhosos governantes as vezes, mas, infelizmente tem que existir, se ela não há eleições NE, acho que independente de qualquer partido político a representatividade estudantil não deve ser associada, tive assistindo alguns movimentos da UNE e lá, eles deixam bem claro que nenhum representante direto é filiado a partido algum, pelo contrario, os próprios partidos procuram os movimentos e pedem para participar, ou seja, eles se interessam e percebem q a militância estudantil não e propriamente associada a questão partidária, interessante seria se isso mesmo foi seguido! (Risos)
Aline: Sim, não adianta a juventude estufar o peito e dizer q não suporta a política, ela esta no nosso dia a dia, é como a matemática. Basta saber entende-la e aplicá-la!
Novo salário mínimo maltrata quem mais sofre com a crise
O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que o governo enviou ontem ao Congresso Nacional, prevê um reajuste de 8,9% no salário mínimo, que iria para R$ 506,50. Tinha que ser muito mais? Claro que sim. Mas defender um aumento muito maior, sem oferecer fontes de recursos, seria irresponsável. O que se pode dizer, sem flertar com a demagogia, é que os trabalhadores brasileiros de baixa renda, assim como os aposentados - muitos dos quais ainda em atividade para complementar renda - mereciam, sim, um tratamento mais generoso do governo. E mereciam por uma razão muito simples e especial: o país entrou de cabeça na tsunami que Lula acreditava ser marolinha. A economia entrou em crise, grandes e médias empresas estão demitindo de roldão. O Brasil perdeu 750 mil empregos formais nos últimos três meses. O governo tem liberado linhas de crédito e isenções fiscais para os empresários, mas nem sempre se lembra da ponta mais frágil da crise – o operário, o trabalhador de baixa renda, o aposentado. Para estes, um aumento mais significativo do salário mínimo seria ato de justiça e, mais do que isto, demonstração de opção política do governo pelos mais pobres.